A DILIGÊNCIA
Há muitos anos um rei chamou a todos os pobres jovens da região para vê-lo. A cada um ele deu uma semente e um vaso. Ele disse que quem voltasse daí a um ano com a flor mais bonita iria ser o próximo rei. Todos os jovens foram para suas casas e começaram a cuidar de suas sementes. Ao passar do tempo um jovens pobre ficou triste ao ver que as sementes de todos os demais cresceram mas a sua não tinha crescido. Por meses olhava seu vaso com desânimo porque nada crescia, nem flores ou folhas bonitas e nem sequer um brotinho. Passou um ano e todos os jovens voltaram ao rei a fim de mostrar o que fizeram com suas sementes, mas o jovem pobre não queria voltar ao rei porque tinha vergonha que sua semente nem brotara. Seu pai o aconselhou que voltara e dissera ao Rei que ele havia feito seu melhor. Todos os jovens se puseram em fila diante do rei para mostrar-lhe suas flores tão bonitas e o rei caminhou por toda a fila e caminhava muito serio, mas ao chegar ao final da fila encontrou o jovem pobre chorando com sua cara para baixo e seu vaso vazio. O rei parou e olhou para o menino, mas não disse nada. Um servo do rei pediu ao menino que explicasse ao rei o que aconteceu com sua semente. O menino respondeu que tentou e tentou fazer a semente crescer, mas a semente nunca cresceu. Pediu perdão ao rei porque sentiu que ele havia falhado. O rei se ajoelhou e com lágrimas nos seus olhos, pois suas mãos nos ombros do menino e levantou seu queixo – Meu filho disse o Rei, você será o novo Rei porque eu fervi todas as sementes e me assegurei que nenhuma das sementes crescesse. Às vezes nos desanimamos porque pensamos que a flor em nosso pote não irá crescer e não pensamos na flor em nosso coração. Nem sempre entendemos porque nos dão certos desafios nesta vida. Mas devemos ser diligentes em fazer o que sabemos o que é correto. Para o jovem pobre sua prova não tinha que haver com o crescimento da flor, mas com o crescimento de sua alma. Não é a flor que nos modifica, mas sim o esforço de cultivar-la. Em outras palavras, o processo. A diligencia não é resultado imediato, mas sim a persistência digna. As escrituras comparam a nossa fé a uma semente. Quando semeamos a semente da fé em nossos corações esta crescerá. E claro não é suficiente plantá-la temos que regá-la e cuidá-la, também ela terá que receber a luz do sol e calor. Todas estas coisas terão que ser constantes. Temos que fazê-lo com diligencia.Nossa obediência pode trabalhar como um motor para ajudarmos a seguir adiante. Mas se a obediência é o motor a diligencia será o combustível, sem ser fixo, sem ser constante nossos motores de obediência não funcionam. A diligencia é o esforço fixo, constante e energético em viver o evangelho. Para vencer os obstáculos da vida tal como um motor necessita de um fluxo constante de combustível também a obediência necessita de um fluxo constante de diligencia então não é suficiente obedecer a um mandamento somente uma vez. A diligencia é quando nos esforçamos para obedecer sempre. Não é suficiente orar somente uma vez e sim orar sempre e ter uma oração em nossos corações. Ao ler as escrituras, o serviço ao próximo, assistir as reuniões, magnificar os chamados – todas estas coisas são ótimas, mas a diligencia é o esforço de fazer todas estas coisas constantemente. Devemos viver o evangelho sempre, a cada dia e da melhor maneira com o melhor de nossas habilidades. Isto é ser diligente. É vital reconhecer que a diligencia não tem que ver com uma lista de coisas para fazer. Não é se perguntar quantas vezes devo orar? Seria melhor perguntarmos estou melhorando minhas orações? O Senhor ensinou - Porque todo aquele que pede, recebe; e o que busca, encontra; e ao que bate, será aberto.- 3 nefi 14:8. O pedir, o buscar e o bater requer a diligencia. - E aconteceu que o Senhor me falou, dizendo: Bendito és tu, Néfi, por causa de tua fé, porque me procuraste diligentemente, com humildade de coração.1 Nn 2:19. - Nefi foi bendito por causa de sua diligencia e você pode ser bendito igualmente. O evangelho nos ensina que o processo é tão sagrado quanto o produto e isto é o que aprendemos no conto do reio e o jovem pobre. Temos que aprender a fazer o necessário e o melhor que podemos isto é ser diligente. Tal como o jovem pobre se aos nossos vasos nos falta uma flor mas estamos nos esforçando para fazer todo o necessário e nossas sementes não florescem sabemos que nosso rei nos bendizerá se somos diligentes.